Barefoot. Post resposta há alguns emails…

Tudo bem com vocês?

Fazem vários meses que não escrevo. Mas escrever para mim é que nem fotografia, não é algo mecânico; ele envolve sentimentos.

Você pode criar o hábito de escrever todos os dias a ponto de escrever bem, com sentimentos, com contexto que flui e de maneira mecânica, mas eu não cheguei neste patamar de skill. Posso citar como exemplo Cory Doctorow que está entre os melhores escritores da atualidade que está neste degrau.

Me senti empolgado em escrever hoje devido a alguns emails que estou recebendo sobre o assunto de correr em barefoot. Assim farei um texto resposta para os intessados.

Hoje em dia estou correndo em barefoot?

Não.

Parei de correr não porque eu deixei de gostar da atividade, mas simplemente porque não estou tendo tempo. Desde de 2011 estou me dedicando há basicamente um esporte, então já fazem uns bons anos que tive que deixar a corrida de lado.

E que esporte é esse?

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Thinking in gravity…

Nos dias de hoje, as poucas vezes que eu desejei correr eu ainda uso minhas huaraches. Eu particularmente gosto, me faz bem, estou adaptado então me sinto seguro usando-as.

Para quem quer mudar fica por sua conta e risco, pois existe já algum material considerado na net explicando como fazer essa transição de um tênis convencional para um pedaço de borracha minimalista.

Há alguns anos alguém achou que correr em barefoot poderia milagrosamente evitar lesões, mas a banda não toca assim, então entrou com processo contra a Vibram Five Finger o que gerou uma bola de neve esta história. Detalhes aqui.

Você não vai querer correr 10Km já no primeiro dia usando uma sandália, não é?! Se fizer isso simplesmente você irá se arrebentar.

Resumindo, se você quiser mudar então mude de forma inteligente e de maneira sábia e não quero ser acusado de nada pois não estou prometendo milagres. Ninguém promete. Apenas relato, assim como os outros, como isso funcionou para mim e para eles. Ponto.

Minhas primeiras sandálias foram as Lunas Sandals (procura no Google). Afirmo que elas são bem legais mas,  temos alguns problemas.

Primeiro, quando eu comprei elas na época o dolar estava abaixo de 2 reais, então eu cheguei a importar elas direntamente com a Luna e outras vezes eu mandei para casa de algumas pessoas que vinham para o Brasil (assim evitava frete, risco de tributação etc).

Agora ficou enviável. Não tem como comprar uma com este valor de dolar nos dias de hoje. Valor + usps + tributação = fudeu.

O segundo problema é que elas não duram tanto como eu esperava. Não posso falar dos modelos atuais, mas comigo o desgate foi até rápido.

Hoje, eu tenho uma huarache excelente feito por uma pessoa que mora em Minas e esta marca chamas-se Kobra.

http://www.kobra.co/2014/05/ola-meu-nome-e-genaro.html

Ela é totalmente feita sobre medida e você terá que tirar o contorno do seu pé em uma folha de papel e mandar para eles. As tiras delas são de paracord, menos confortável que as tiras elásticas dos Lunas. Bem mais bruto.

Mas se você está lendo até este parágrafo e está disposto para mudanças terá que se adaptar a isto para ter resultados diferentes.

O que eu tinha que escrever era isso. Eu estou apenas contando um pouco do meu relato pessoal. Pela net vocês encontraram narrativa de outras pessoas para se basear em sua escolha/felicidade.

Boa sorte para aqueles que quiserem se aventurar em algo diferente e obrigado.

Obrigado pois vocês fizeram-me escrever depois de alguns meses em meu blog, quem sabe isso não mude desta data em diante.

Espero que sim, pois aconteceram muitas coisas comigo.

 

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Praxe

Novamente estou tendo descuido com meu blog.

Estou atravessando diversas mudanças.

Não estou modelando tanto de maneira artística e não sei se compensa ainda postar minhas fotos aqui.

Quanto as fotos não se preocupem, elas estão sendo publicadas na rede mas em outras fontes de conteúdo como meu Flickr (local oficial há alguns anos) e no meu Instagram.

A questão que roda minha cabeça é: não sei como tratar meu blog. Gosto de escrever mas não tenho tanto conteúdo para escrever com certa frequência.

O que eu mais noto segundo as estatísticas do WordPress é que o conteúdo artístico e técnico é o que mais chama visitas, mas não estou fazendo nem um nem outro atualmente.

Tudo que eu sei de experiência em modelagem 3D estão sendo/foram utilizados de maneira profissional, área de pesquisas, no meu último e atual trabalho.

 

Pensarei sobre estes pontos e quero voltar a ativar o quanto antes.

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Fluid simulation test – Detalhes de sua produção

Tentei colocar este texto no LinkedIn, mas por mudança de regras do pessoal de lá existe um limite de caracteres por post. Como eu gosto de escrever bastante, quando estou empolgado, então “zé fi ni”.

Go.

A simulação no vídeo é feita no Blender 3D. Coloquei duas simulações de um fluído passando por reservatório de confecção simples.

A primeira simulação utilizei a simulações de fluído do próprio Blender com uma configuração de viscosidade dá água (botei água azul apenas para facilitar a visualização).

Fazia anos que não mexia com isso e passei um dia inteiro relambrando alguns settings gerando-me alguns entraves e goles de café a mais barriga a dentro.

Uma coisa que eu observei foi o comportamento dá água. Esquece, não irá simular de forma precisa a vida real a sua reologia. Veja apenas isso como uma ilustração animada e não como estudo de comportamento reológico.

Se a intenção fosse simular para calcular algum parâmetro de maneira precisa (a temperatura em algum ponto, velocidades, forças aplicadas na superfície interna do reservatório) ai utilizaria software de gente grande como o Ansys Workbench.

A segunda simulação do vídeo fiz alguns truques visuais: Utilizei a simulação de fluídos apenas na saída do reservatório e o efeito da água na parte interna é um mesh sendo deformado de maneira randômica.

Qual a vantagem disso chefe? Simples, me poupa gasto computacional para gerar os arquivos de simulação de fluído.

Nas duas simulação utilizei o render engine antigo do Blender 3D pois seria bem mais rápido para renderizar minha animação.

Poderia criar uma animação de maneira mais realística? Com certeza, mas eu iria gastar muito tempo de máquina aqui para renderizar todos os frames.

Estou falando de dias e não estou brincando.

Para estes casos, só se eu tivesse um cluster ou usar algum supercomputador da Cenapad da Unicamp (off ao texto: ohh quase usei um deles para simulações do Ansys em um trabalho que eu estava fazendo. Amor a primeira vista).

Para fechar, vamos ver se o LinkedIn muda sua política de posts com conteúdos maiores. Teve uma época que eles abriram esta possibilidade e até postei um texto grande, agora fecharam a porteira.

What a pity.

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Pontos: fotografia, eng, modelador 3D e FEA user

Muitas vezes quando eu deixo de postar no meu blog são momentos de falta de inspiração.

Pode ser um post mais técnico do que artístico; eu preciso estar no clima.

Inspirado e motivado.

Vamos há alguns recortes atuais da minha vida profissional (espero ser rápido):

– Fotos

Estou fazendo com menos frequência, mas quando tem algum evento, entro em ação. Consigo peneirar, de umas 30 fotos, uma ou duas que me interessa(m). Minha produção nunca é grande, mas nos dias de hoje ela caiu ainda mais.

O porque desta minha queda tem algumas explicações: olhar mais criterioso, aborrecimento com um fato aqui e ali fazendo o seu prazer ficar salgado etc.

Não importa. Estou sendo produtivo no meu tempo e não pretendo parar.

Já pensei em fazer um movimento muito ousado, em sair do mundo das DSLR e cair novamente para um Point and Shoot.

Mas afirmo que não seria uma simples Point and Shoot. Os modelos que eu acompanho tem as esp. que eu gosto.

Eu continuaria um sniper com elas.

– Modelador e Simulador

O meu trabalho de modelador 3D e usuário de programa FEA (finite element analysis) não é para qualquer um. Principalmente para mim que uso 4 softwares para conseguir atingir o que quero.

Blender, Geomagic, SolidWorks e o ANSYS.

Para gerar o modelo 3D  não vejo problemas, é trabalhoso mas eu sei o que eu tenho que fazer.

Mas para obter os resultados de simulações de esforços, meu amigo, ai entra um trabalho herculano de achar um workflow que funciona.

Ao modelar eu uso sempre STL, mas para simular eu preciso transformar o modelo em extenção IGES.

Essa bunch de importação e exportação do Geomagic+Solidworks em IGES estava dando problemas no ANSYS. Mas acho que agora eu encontrei o caminho.

Olha, eu poderia fazer um post disso, mas teria que ser em vídeo. Escrito e com várias fotos de screen seria bem trabalhoso.

O ideal seria um programa que faz tudo (tipo o Mimics) que modela e já faz a simulação de esforços. Mas não esta nos planos do laboratório que faço parte a sua compra. Eu tenho que me virar com os programas que estão disponíveis no lab.

Lembrando que os programas isoladamente são ótimos, mas quando exige uma “conversa” entre eles…uhh

– NX9

O laboratório congitou a compra de um nome poderoso e eu tive o prazer de conhecer e testá-lo. Unigraphics NX9.

Se você é um modelador 3D mecânico de longa data, eu não preciso falar que ele está no mesmo panteão do Catia e SolidEdge.

Irei usá-lo mais, pois se houver alguma ferramenta nele que me seja útil, já saco e atiro com ela.

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